Desde 2007 minha vida profissional está profundamente conectada com workshops. Aos 24 anos, 2007 foi o ano em que troquei um cargo estável na área de TI por uma área nova no Brasil nesses tempos. UX, ou mais precisamente Arquitetura de Informação, como chamávamos na época.

A abordagem de centrar os projetos nas necessidades dos usuários/clientes trouxe junto a prática de cocriação. Foi assim que passei de participante a condutor desses processos criativos.

Como condutor, facilitador, mediador ou simplesmente líder de workshops de cocriação eu encontrei e desenvolvi uma habilidade, que notei mais e mais necessária nas empresas, projetos e capacitações. Mas até então esse sentimento estava limitado apenas a mim mesmo.

Anos depois, já em 2018, viajei para Amsterdam para participar da segunda edição da Design Thinking Conference. Mas minha real intenção era finalmente ver de perto um novo experimento dos amigos holandeses. Um curso de facilitação. Essa experiência me despertava muita curiosidade, pois eu queria entender como trabalhar as habilidades necessárias para liderar processos criativos em um programa de 2 dias. Como eu tive que aprender na marra, fazendo, errando, ajustando, repensando, refazendo, eu pensava de que maneira poderia trazer a mesma perspectiva prática para um programa dessa natureza. Bom, os holandeses me mostraram que não só era possível trabalhar o tema de forma prática, como poderoso.

Não demorou para colocar o programa em prática no Brasil quando retornei e já após as primeiras turmas eu senti um impacto para os participantes que sempre tive expectativa de causar com os outros programas que facilitei.

Colocados no protagonismo de planejar e liderar as sessões e recebendo feedbacks sinceros em seguida os participantes conseguiram compreender algo impossível quando se é apenas participante. Jazz.

O processo criativo do design é fluido, orgânico e empático. Exatamente como uma banda de jazz. Você precisa se tornar um jammer para sentir isso.

Bom, após várias turmas e com o início do isolamento social provocado pela pandemia de 2020, logo no início em março de 2020, resolvi colocar em prática o desejo de escrever sobre o tema de uma forma mais profunda, em formato de livro. Então pensei que seria interessante conversar com facilitadores que eu admiro para colher insights sobre o que seria mais interessante de ser desenvolvido em um texto mais denso. Compartilhar essas conversas me pareceu natural desde o início. Razão pela qual você está lendo essas palavras agora.


Gravado, editado e produzido por mim, utilizando microfone Blue Yeti, Zoom.us e Garage Band.

Músicas gravadas e mixadas por mim com guitarra Gibson SG Jr, amplificador Joyo Bantamp Meteor, gabinete Rox Stage Hancab, microfone Sennheiser E609, interface Scarlett Solo Focusrite e Garage Band.

Marca gentilmente e magnificamente criada por Átila Martins.